24 de julho de 2011

Substituto

Fonte
Hoje não vou escrever sobre Portugal mas sobre viver no estrangeiro em geral. Basicamente é só para me poder queixar um pouco...

Eu gosto de viver no estrangeiro, gosto de experimentar coisas novas e gosto de ter saudades das coisas que já conheço bem. No entanto, o que me sempre faz ficar furiosíssima é cozinhar no estrangeiro os pratos tradicionais do meu país. Sempre falta algum ingrediente ou o que se pode comprar onde estou não é bem bem o que eu preciso! Dai começa o pior processo de todos, o processo de arranjar um substituto. Um substituto de um certo tipo de queijo, um certo tipo de natas, de vários legumes e fruta, de um pão que só se parece comer no meu pais e nos países vizinhos etc. Odeio substituir umas coisas por outras porque 90% das vezes algo corre mal. Que chatice! Menos mal se fosse um prato complexo com muitos ingredientes. Se faltar um, não se sente assim tanta diferença. Mas se não conseguirmos arranjar um substituto bom para o ingrediente principal do prato, esqueçam, podem já deitar tudo no lixo.

Exatamente isto aconteceu-me hoje. Para um cheesecake faltou-me... queijo! Quer dizer, arranjei um substituto mas não ficou nada bem. Devia ter ficado mais ou menos como na foto mas ficou um grande desastre. Por fora parecia bom então levei o bolo comigo para um jantar mas quando abri e experimentei o bolo na festa senti que estava demasiado líquido, demasiado doce, com umas partes demasiado grossas e outras demasiado finas... enfim... ficou mesmo mal. :(

E estou furiosa, não por ter vergonha de ter feito um bolo que não prestava. Os outros podem achar que sou uma boa ou uma ma cozinheira, dá-me completamente igual. O que não queria, era que pensassem que a comida do meu país não presta! Quando o que estão a experimentar e uma cópia medíocre ou ainda pior.

Para poderem perceber melhor de que é que estou a falar, devem imaginar o seguinte: quando o meu namorado estava a visitar a casa dos meus pais, quis cozinhar para eles um prato tipicamente português. O que resolveu fazer? Claro que bacalhau! E o que nos faltou para bacalhau com natas? Bacalhau! :))) Assim cheguei a saber que no meu país comprar bacalhau não é uma tarefa fácil. Enfim... arranjámos um substituto que se chamava bacalhauzinho mas não tinha rigorosamente nada a ver com bacalhau (contrariamente do que pensámos na loja, não é um bacalhau-bebé, hahaha!). Os meus pais comeram e gostaram muito do prato mas o meu namorado, coitadinho, não gostou nada e ficou mesmo triste como eu hoje.

22 de julho de 2011

"Uso preservativo sempre" II

Pensei que o governo só podia possivelmente pagar por apenas uma publicidade deste género. Enganei-me. Acabo de ver a outra:



Caros portugueses, não vos parece mesmo nada estranho?

17 de julho de 2011

Homens do lixo vs. caixotes

Não sei se e uma particularidade portuguesa em geral ou apenas lisboeta mas é mesmo impressionante quanto barulho fazem à noite os homens do lixo! Para dizer a verdade, no meu pais eu nem sei se a recolha do lixo no meu prédio é feita de dia ou de noite porque nunca ouvi nem vi nada... Ora, para quem tenha o sono muito profundo como eu (nem uma explosão me pode acordar), menos mal. Coitadinhos dos que só conseguem dormir no silêncio...

Quando ainda andava na universidade em Lisboa, muitas vezes ficava acordada até muito tarde para estudar, preparar presentações ou trabalhos escritos etc. No meio da noite, ou seja, no meio do silêncio profundo da noite o barulho feito pelos homens do lixo parecia a terceira guerra mundial a começar (as janelas da sala onde costumava estudar davam para a rua). Ou pelo menos parecia como se os homens do lixo tivessem que assaltar o edifício e depois lutar contra os caixotes para poder fazer o seu trabalho...

Lembro-me que uma vez estava a ler no meu quarto à noite. O meu quarto ficava do outro lado do apartamento gigante (completamente do lado oposto da sala com as janelas para a rua; a distância do meu quarto até às janelas da sala era mais do que 25 metros!). De repente ouvi uma barulheira! Pensei que um dos meus amigos de casa ficou louco e resolveu rearranjar os moveis no seu quarto ou na sala às três da manha! Corri para a sala. Quando entrei percebi que eram os homens do lixo a fazer tanto barulho! E o nosso apartamento era no quinto andar, não no R/C ou assim!

Quer portuguesa, quer lisboeta, esta particularidade está mesmo muito bem apresentada no vídeo de Bruno Nogueira. Acho que todos já conhecem mas quem não conhecer, pode ver aqui:

11 de julho de 2011

Bilhetes no metro de Lisboa

Alguém me pode explicar porque é que no metro lisboeta é preciso validar o bilhete à entrada E à saída da estação?! Acho que chagava bem validá-lo apenas a entrar, não acham? Se não me engano Lisboa é o único sítio onde estive onde se faz assim (normalmente a saída é livre, não?).

Já passei aqui alguns anos mas sempre, sempre, sempre me esqueço de que tenho que validar o maldito passe a sair. Depois de entrar na estação meto sempre a carteira de volta no saco. Não sei como mas a minha carteira sempre desaparece quando mais preciso dela! Exatamente assim acontece à saída, atrás de mim uma fila de pessoas que querem sair e eu à procura da carteira... :/

5 de julho de 2011

Atum com maçã

A pronúncia portuguesa faz-me às vezes muita confusão. Um dos meus problemas é a acentuação. Ao contrário do que acontece em português, na minha língua o acento cai praticamente sempre sobre a mesma sílaba e pelo que eu sei não há duas palavras diferenciadas somente pela acentuação.

Sendo assim... estava uma vez a cozinhar massa com atum. Entrou o meu amigo de casa e perguntou o que é que estava a preparar. Ficou mesmo muito surpreendido quando eu respondi que atum com maçã. :)

Claro que eu oiço a differenca entre os dois (massa/maçã). Até consigo pronunciar bem. Mas a verdade é que acho que até ao fim da vida vou confundir os dois se tiver que falar rapidamente e sem pensar...